A MEDIDA DO ABISMO



Não é o grito

A medida do abismo?


Por isso eu grito


Sempre que cismo


Sobre tua vida


Tão louca e errada...


– Que grito inútil!


– Que imenso nada!



(Vinicius de Moraes)

FERIDAS


Arde a carne pelo fundo corte
que sangra dessabores,
sinto o cheiro rubro denso.
Peço ajuda:
- Suture, por favor!
Mas meu medo das agulhas
da consciência é maior.

Deixo aberta a ferida.
Um dia fecha, um dia cura.
Eu sei!



Black Moon

O CORPO GRITA QUANDO A BOCA CALA



E muitas vezes :
O resfriado pega quando o corpo não chora.
A dor de garganta aumenta
quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes se instala quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça enlouquece quando as dúvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a “criança interna” tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas
detonam as fronteiras da imunidade. 

Mas, cuidado! 
Crianças é que contam tudo, para todos, 
Escolha o que falar, com quem, onde, quando e como!
a qualquer hora, de qualquer forma.
Passar relatório é ingenuidade.

Escolha alguém com quem possa organizar as idéias, 
harmonizar as sensações e recuperar a alegria.
Todos precisam de um ouvinte interessado.
E, se você não tem para quem falar, escreva.

E lembre, depende principalmente do nosso esforço pessoal 
fazer acontecer as mudanças na vida.
O plantio é livre, a colheita, obrigatória ! 


PRESTE ATENÇÃO AOS SINAIS  DE SEU CORPO.


InsANNAmoon

LIBERTANDO-ME



"Tenho sucumbido 

às vontades do meu coração!

É o tipo de submissão 

que não me causa arrependimentos!" 


(Mell Glitter)


ESPERA



estou quase no fim do caminho.

Me reserve para a chegada

um pouco dessa tua doçura,

para que quando eu te beijar

o gosto amargo da distância,

se dissolva como se nunca

tivesse existido...




(Cáh Morandi) 




SILÊNCIO




No meu canto...

Calo as palavras

no silencio oco dos desejos

que invadem a minha alma

Amordaço meus sentimentos

sufoco meu coração insensato

que alardeia desabafando

num grito sem fim...

As avessas ajeito-me...

Na escuridão densa de mim

tento apagar vestígios de nós...

Sobrevivo a mudez falante

do meu amor por ti...

Como um bem-me-quer

desfolho na vaga do tempo

pétala a pétala doces lembranças

que restaram de nós ...


(Van Albuquerque)


Moon

GUARDA PARA AMANHÃ




Guarda para amanhã
as coisas que precisam de mais tempo,
o beijo que precisa ser mais lento,
a palavra que precisa ser pensada antes de dita,
a ação que dever ser pesada antes de feita,
guarda para amanhã
um pouco de tanta sede,
um pouco de tanto passo,
um pouco de tanta de gente,
guarda para amanhã
logo tudo há de ser ...
o que não é agora
o que sem demora
vai amanhecer

(Cáh Morandi)

TENTAÇÃO


Resiste a uma tentação e tua alma adoecerá de desejo pelo que lhe foi vedado.

(Oscar Wilde)

ABRAÇOS



A gente se apertou um 
contra o outro. A gente 
queria ficar apertado 
assim, porque nos 
completávamos desse 
jeito, o corpo de um 
sendo a metade perdida 
do corpo do outro

(Caio. F. Abreu)

UMA LOUCA PAIXÃO




Nós dois juntos somos a vida,

alegria reunida,

somos o sol da manhã,

a calma da tarde,

o romantismo do anoitecer.


Nós juntinhos,

somos fogo ardendo,

somos pura emoção,

somos uma louca paixão...



Moon



RESTA


Se io non posso parlare ora che sei con me
è forse un modo di osare dimmi tu che cos'è
tu che raccogli il mio cuore senza far rumore

da questo lato del fiume ogni cosa è più facile
le mani scorrono libere su di te
tu che respiri le pause della mia canzone

resta, resta, resta
ora che scrivo il tuo nome sull'acqua del fiume
passa tutto passa
ma tu non sei una primavera
tu non sei una sera
Se apro gli occhi e ti trovo ancora?
ti trovo ancora?


BE HAPPY

MEU NINHO


Vem aconchega-se no meu ninho...

Vem trazendo uma rosa sem espinho... 

Vem brindar-me com uma taça de vinho. 

Vem sedento e rapidinho... 

Vem me colocar em desalinho... 

Vem me consumir de tanto carinho. 

Vem se perder no meu caminho... 

Vem fazer de mim um rodamoinho... 

Vem fazer do meu leito nosso cantinho. 

Vem aconchegar-se no meu ninho... 

Vem fazer do meu lençol um torvelinho... 

Vem que bebo você como se fosse vinho!


Moon

INCAPACIDADE

VOOU...VOOU



Passarinho na gaiola fez um buraquinho

voou, voou, voou, voou...

E a menina que gostava tanto do bichinho

chorou, chorou, chorou, chorou...



LIBERTAÇÃO



(mesmo que tardia)



"Assino nesse momento, minha Carta de Alforria!

Liberto-me, a partir de agora, das minhas dores;

do desamor, do martírio da solidão, da humilhação

e da maldita Utopia que me chicoteava a Alma!

Pois, enquanto eu chorava _ Ela de mim sorria..."


(Ginna Gaiotti®)



I CAN'T TAKE MY MIND OFF YOU...



I can't take my mind off you


I can't take my mind off you


I can't take my mind off you


I can't take my mind off you


I can't take my mind off you


I can't take my mind...


My mind... my mind...


Until I find somebody new




_Pedaços de Moon_

TRISTEZA DE UM PALHAÇO



Dão risadas
A alegria está no ar
O palhaço brinca
Parece feliz.

Mas eis que, quando menos quis
Uma lágrima teima em cair
Debaixo da máscara
Chora o palhaço
Embora sua voz faça a platéia sorrir.

Sabe o que restou
Daquele grande amor
Brincadeiras de enamorados
Agora são sinônimos de dor.

Brinca o palhaço,
Gritam e dão risadas a platéia
Mas o seu coração
Silenciosamente recolhe a sua amargura
E em respeito ao seu público
Desempenha o seu papel com ternura.


Ins_Anna Moon

PEDRAS DE CALCUTÁ


“Não te tocar, não pedir um abraço, não pedir ajuda, não dizer que estou feridA, que quase morri, não dizer nada, fechar os olhos, ouvir o barulho do mar, fingindo dormir, que tudo está bem, os hematomas no plexo solar, o coração rasgado, tudo bem”

- Caio Fernando Abreu in: Pedras de Calcutá –

Rabiscos de Moon 

OVO APUNHALADO


“Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas as coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?”
- Caio Fernando Abreu in: Ovo Apunhalado  -

MEMÓRIA










"Na minha memória ja tão congestionada

e no meu coração tão cheio de marcas e poços 

você ocupa umdos lugares mais bonitos".



_Caio Fernando Abreu_



Jukebox

 
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